Quem é Tomalau ? / Who is Tomalau ?

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Saturday, May 23, 2009

O nascimento de Ganesha

Ontem fui assistir ao espetáculo teatral de marionetes, tradicional na cultura Thai, no Suan Lum Night Bazaar, em Lumpini. O nome da cia. é Traditional Thai Puppet Theater e são reconhecidos internacionalmente. Por duas vezes venceram o Festival Mundial de Puppet Art em Praga.
A história desta temporada fala sobre o nascimento de Ganesha, Deus Hindú e Budista, que representa a sabedoria e é o removedor de obstáculos. Na Tailândia é relacionado às Artes, à Educação e ao Comércio.
Ganesha é filho da Deusa Parvarti e do Deus Shiva. A história conta como ele se foi decapitado e ressuscitado com uma cabeça de elefante pelo próprio pai, Shiva, seguindo os conselhos de Brahma.


Interessante como as religiões atuais da Ásia, Budismo, Jainismo, Xintoísmo, e até Muçulmanos da Indonésia, possuem forte conexão com a Mitologia Hindú. Em geral, estas religiões surgiram na Índia e se espalharam pela região, até o Japão, em função do crescente comércio entre os povos.

Sunday, May 17, 2009

Indiana Jones Brazuca no Cambodja

Queridos Laura e Tomás,


Esta foi uma das melhores viagens que fiz em minha vida. Final de semana curto, apenas sábado e domingo. Vôo do pijama, no início do dia, na ida e corujão na volta para economizar no preço e não desperdiçar nenhum segundo.







Chegamos em Siem Reap, principal cidade turística do Cambodja, eu e um brasileiro também vivendo sua aventura deste lado do planeta. Sol de rachar, humidade no espaço e muita poeira.


Nossa primeira missão era arrumar um lugar barato e limpo para dormir. Rápido, nosso tuc-tuc guide nos indicou um hotel bem no bochicho da cidade, simples, limpo, com água quente e ar condicionado.


Falando sobre o guia, outros brasileiros e farangs vivendo aqui nos indicaram o Lion, para quem fala inglês e Lyon para quem fala francês :). Ele nos guiou pelas estradas da cidade e pelos templos da civilização Khmer. Cara esperto, faz dinheiro como guia de turismo com seu tuc-tuc e trabalha como motorista de caminhão nos dias de semana. Acho que também é sócio de vários pequenos empreendimentos em conjunto com seus vários Irmãos e Irmãs espalhados pela cidade.





Os budistas consideram irmãos todos aqueles que convivem e se relacionam com eles há muito tempo. Laços de sangue não são tão importantes por aqui. Portanto, o conceito de família é muito amplo e influencia todas os papéis da pessoa em sua vida, inclusive os negócios. Imaginem o conflito ao pensarem na questão de reclamar de um irmão que não trabalha direito...



Começamos nossa aventura explorando as ruínas de Angkor Wat, que dizem ser o maior monumento religioso do planeta. É rico em detalhes arquitetônicos e está sendo restaurado. É uma obra que começou a ser construída no séc. XII. Muitos pensam que é um Templo Budista ou um Pagoda (Hindu), mas na verdade é uma Cidade-templo Hindu. Possui algo como 200 hectares de área, impossíveis de serem explorados em apenas uma visita.










Acesso principal sobre o lago oeste. Angkor Wat representa o Universo Hindu.
Detalhe de Apsaras nas paredes internas das galerias.







Jovens locais se casando em Angkor Wat





Detalhes da Biblioteca da cidade-templo: comparem o efeito da restauração patrocinada pela UNESCO e pelo Governo Japonês





Encontros casuais: babuínos e pontos de oração Budistas
Paciência e concentração: exercício de empilhar pedras da sabedoria Budista e as difíceis escadarias de acesso






Janelas de pedras, Apsaras e Divindades esculpidas com ricos detalhes




Detalhes gravados e esculpidos das diversas batalhas que a civilização Khmer foi protagonista
Heróis conduzindo seus exércitos, elefantes utilizados em combate e o exército de macacos guerreiros



Pois bem, deixamos para o dia seguinte a segunda parte já que voltamos para ver o nascer do Sol lá no templo. Chegamos às 5:40h da maanhã, e esperamos até quase 7h quando realmente o espetáculo acontece. O lugar possui uma atmosfera legal, quase mágica, especialmente no escuro, apenas com a serena luz do luar iluminando as áreas expostas do templo. Valeu à pena !!!










Voltando à maratona de sábado visitamos outras ruínas famosas do lugar e terminamos no Phnom Bakheng antes do por do Sol. É uma subida íngreme para chegarmos ao alto do morro onde um dos primeiros Imperadores da civilização Khmer estabeleceu a primeira cidade-templo, sede de seu Reino. A escalada no templo é tão difícil que percebe-se claramente a intensão de proteção contra exércitos inimigos.




Pausas para as refeições. Na cidade, pratos a US$ 1,00. Na área turística, cuidado com a malandragem cambodjana: US$ 4,00.
Mas para aqueles que reclamam, há um segundo cardápio com descontos de 50%. Vá embora do local que em 2 segundos eles te
chamam de volta: "Hello, Mister, another menu for you !!!" Recomendo o noodle soup Cambodjano no café-da-manhã (foto 3).






Phnom Bakheng - famoso ponto de encontro para
curtir o por do sol graças à foto de capa do Lonely
Planet... Idiotice coletiva, subí para curtir a
paisagem, mas não fiquei.


A subida é uma escalada em uma parede com degraus,
não uma escada. Tudo para dificultar o acesso dos
inimigos.

Thommanon, templo compacto ao estilo de Angkor
Wat construído no início do séc. XII.







No domingo, após a visita matinal a Angkor Wat seguimos a Angkor Thom, uma das maiores cidades Khmer e capital até o séc. XVII. Exploramos todas as salas e caminhos da cidade, chegando ao Bayon, ponto mais elevado e centro simbólico do universo e do Império Khmer. O destaque da construção são as inúmeras Torres em forma de Faces. Os desenhos ao longo das paredes demonstram as atividades diárias e os aspectos culturais daquele povo.




Portão de Acesso a Angkor Thom. Reparem nas Nagas bridges (pontes) em que
diversos Asuras seguram a comprida Naja que dizem proteger a cidade.



As diversas faces do Bayon em detalhe: há quem conte 39, outros 57...




Apsaras dançando (tente dançar igual ); uma das belas estátuas de Buda em local de oração




Após explorarmos estas ruínas, seguimos em direção ao Terraço dos Elefantes e caminhamos pela área de floresta dentro das muralhas do Palácio de Angkor Thom.



Palácio Real


Terraço dos Elefantes

Durante a tarde exploramos a parte Leste de Angkor e nos deparamos com várias construções tomadas pela floresta. Incrível as várias raízes de árvores centenárias se escorando e mantendo as ruínas em pé. Nesta tarde o espírito de Indiana Jones bateu forte e começamos a explorar várias das passagens, algumas secretas para os turistas, ao lado de escombros. Ponto alto foi a chegada a Ta Prohm, um monastério esquecido no meio da mata, com figueiras e árvores Silk-cotton entrelaçadas às ruínas. Algumas árvores tinham uma cor prateada muito especial, lindíssima sobre a luz do Sol.

Ta Prhom, templo tomado pela floresta
construído ao longo dos sécs. XII e XIII



Ta Prohm: ótimo para explorar, mas com cautela.
Clima de Indiana Jones...





Na foto ao lado, um dos 4 Gopuras
que marcam os pontos cardeais.
Abaixo, uma das passagens escondidas
sob os escombros, longe dos acessos
utilizados pela maioria dos turistas.

Figueiras e Silk-cotton trees (não achei o nome em português).

Reparem como a luz do Sol faz com que estas mágicas
árvores centenárias, integradas às construções pela invasão
da floresta, tenham uma coloração prateada, quase metálica.
São impressionantes, lindas.









Sem contar as diversas aves e, em alguns momentos, babuínos que encontramos pelo caminho. Se quiser experimentar recomendo roupas leves e muita, muita água...



Vendedora Cambodjana: são insistentes, criativos nos argumentos, mas não caia na besteira
de tocar em algum produto. Eles não pegam de volta para forçar a venda.




Templo cercado por uma Naja gigante. Músicos cambodjanos vítimas das diversas minas espalhadas pelo país
durante o regime do Khmer Vermelho Pol Pot que matam e mutilam pessoas até hoje.




Srah Srang um lago que foi criado em meados do séc. X,
outro ponto indicado para curtir o por-do-sol em Siem Reap.