Quem é Tomalau ? / Who is Tomalau ?

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Wednesday, May 19, 2010

Ilustre vizinho

Apesar do clima tenso de protestos na cidade, resolví no último domingo explorar a minha vizinhança. Finalmente, fui visitar o Wat Bhoman-Khunaram, templo budista chinês que fica escondido entre os prédios de minha rua.


O templo foi fundado em 1959 e possui influências chinesa, tibetana e tailandesa. Em 1970, o Rei Rama IX fundou a estrutura principal do topo que contém uma imagem de Buda folheada a ouro. Vejam nas fotos abaixo como a decoração dos prédios é riquíssima. Me impressionou também seus jardins bem cuidados, a elegância dos elementos e o tamanho da área.

Perguntei a alguns moradores e também pessoas do escritório se conhecem o templo. A maioria respondeu que não.

Definitivamente vale uma visita. Uma bela surpresa em uma manhã chuvosa de domingo, especialmente neste momento tão conturbado da vida local. 







 



















Meu edifício ao fundo / My building behind

English version:
Despite the tense climate of protests in Bangkok, last Sunday I decided to explore my neighborhood. Finally, I visited the Wat Bhoman-Khunaram, Chinese Buddhist temple that is hidden among the buildings of the street I live at.
The temple was founded in 1959 and has influence from Chinese, Tibetan and Thai architecture. In 1970, King Rama IX founded the top of the main structure that contains an image of Buddha covered with gold leaves. See the photos below as the decoration of the buildings is very rich. I was also impressed by its manicured gardens, the elegance of the decoration elements and the size of the area.
I've asked some residents and also people in the office if they know the temple. Most said "NO".Definitely it worths a visit. A very nice surprise on a rainy Sunday morning, especially now that local life is so troubled.

Saturday, February 6, 2010

Kam Chanode

Viagem a trabalho pelo NE da Tailândia, Isam. Nossa base, Udon Thani, localizada a 560 km de Bangkok com cerca de 140 mil habitantes. Clima agradabilíssimo, dias ensolarados, ao redor de 30 graus Celsius, apesar de ser uma das regiões mais áridas do país.

No primeiro dia, visitamos algumas cidades na fronteira com o Laos, há cerca de 2 horas de carro. A fronteira com o Laos  é o Rio Mekong.

A cidade mais famosa da região é Nong Khai conhecida pela aparição de "Nang Phayanak", a serpente mítica conhecida como "Naga". Os locais afirmam ver todos os anos as "Bolas de Fogo" no Rio Mekong, fenômeno sobrenatural que ocorre no mês de outubro seguindo o calendário lunar. Imaginem que, nesta época do ano, milhares de Tailandeses, de diversos extratos sociais, viajam para lá e se aglutinam na beira do famoso rio para esperar o fenômeno. Muitos afirmam ter visto, inclusive em 2009 após 2 anos de frustrações.

No segundo dia, viajamos para o Sudeste da região, mais algumas horas em estradas de asfalto bem estreitas e de terra. A paisagem muda, radicalmente, pela distância do grande rio, e pelo clima semi-árido da região. Lembra muitíssimo o Nordeste Brasileiro.

Um de meus companheiros de viagem sugeriu na volta uma pausa para desfrutarmos um oásis da região. Interessante, este lugar chamado "Kam Chanode", é um local sagrado para os moradores, especialmente mulheres que visitam este local de perigrinação. Poucos estrangeiros visitam o local. Lá, existe uma ilha no meio dos campos de arroz com vegetação abundante, palmeiras altas, contrastando com a paisagem típica.

Impressionante perceber que a temperatura cai uns 5 graus quando cruzamos a ponte que dá acesso ao local. No interior há um local de orações e o famoso poço onde acredita-se ser a entrada para o mundo subterrâneo onde a famosa Naja vive.


Alguns Thais me falaram que o local é amedrontador, mas na verdade não percebí isto. Sentí uma atmosfera bastante positiva ao perceber o quanto os habitantes do local se engajam nas orações, no Sermão de um Monge, nos sons dos gongos, nos banhos com a água do poço... As pessoas também coletam água para beber e levar consigo acreditando ter propriedades mágicas. Outros, raspam com as unhas o caule das palmeiras em busca dos sonhados números da loteria. Sorte no jogo, sorte na vida, cultura e religião estão ligados aqui como em outras partes do mundo.


Alguns links interessantes sobre o lugar:
Explorations in Thai Tourism - page 88/89
Detour by Jason Gagliardi - Time Magazine 2002 => Vejam o texto ao lado sobre o local, publicado em 2002 na revista Time. Interessante notar que o repórter embarcou no clima de fantasia e medo do local.







ENGLISH VERSION:
Business trip to Thailand NE, Isam. Our base, Udon Thani, located about 560 km from Bangkok, around 140 thousand inhabitants. Pleasant weather, sunny days, around 30 degrees Celsius, despite being one of the most arid regions of the country. On the first day we have visited some cities on the border with Laos, about 2 hours by car. The border with Laos is the Mekong River. The most famous city is Nong Khai. It is known for the legend of "Nang Phayanak", the mythical snake known as "Naga". Locals say they see the Balls of Fire Phenomena in the Mekong River that occurs in the month of October following the lunar calendar. Every October, on the 15th full moon, thousands of Thais from different social classes, gather on the banks of the famous river to wait for the phenomenon. Many claim to have seen it, even last year after 2 years of frustration. On the second day we've traveled to the South East region, a few hours hitting asphalt narrow roads. The landscape changes dramatically due to the semi-arid climate of the region. It reminds me the Brazilian Northeast region.One of my friends has suggested us to stop for a break to enjoy an oasis in the region. Interesting, this place called "Kam Chanode" is a sacred pilgrimage site for the locals, especially women. Few foreigners visit the site. It is an island in the middle of rice fields with lush vegetation, palm trees, contrasting with the typical landscape. Impressive, I've realized that the temperature dropped about 5 degrees when I crossed the bridge that gives access to the site. Inside there are a place of prayer and the famous pond where it is believed to be the entrance to the underworld where people believe the famous snake lives.
Some Thais have told me that the place is somehow spooky. In my opinion they overreact. I felt a very positive atmosphere. Amazing seeing how locals engage in praying, pay attention to the sermon of a Monk, listening to the sounds of gongs, people using and drinking the magic water from the pond... People also collect water to drink and take away believing it has magical properties. Others, with the nails scrape the stems of palm trees in search of dreamed lottery numbers. Lucky in game, Lucky in life, culture and religion are linked here as in other parts of the world.

Wednesday, October 28, 2009

Resgate em Myanmar


Em agosto passei um final de semana em Myanmar, me opondo à recomendação de alguns Farangs e de quase todos os Thais.

Claro que há muito temor em relação à Junta Militar que governa o país e muita discussão sobre quem leva vantagem com o turismo, governo ou iniciativa privada.

Também há muito ódio pois Burmeses são inimigos históricos dos Thais: saquearam, pilharam e queimaram regiões de Siam por muitos séculos, sendo uma ameaça constante. Ao menos até a Inglaterra incorporar Burma como colônia. Ouví de um Thai: "Aproveite para conhecer todo o Ouro, Prata e Diamantes roubados de nós."

Opiniões à parte, busquei meu visto, sem fila por razões óbvias, e alguma burocracia como em todos os países considerados comunistas. Rapidamente aprovaram, 48h úteis.

Ticket comprado pela Thai Airways, vôo lotado diga-se de passagem. Ninguém se atreve a viajar em outra cia. aérea para lá.

No próprio vôo pude perceber algumas diferenças: Burmeses possuem a pele mais escura, são maiores e mais corpulentos que os Thais. Estes são muito afeminados, ao contrário dos primeiros. Mesmo utilizando o sarong, saia masculina, em grande parte do país, não há razão para duvidar da masculinidade de ninguém. Já por aqui, a história é outra.

As mulheres são mais curvilíneas, lembrando o estilo das Brasileiras, com sorrisos bonitos, nem tão abundantes como aqueles das Thais.



O belíssimo alfabeto Burmês


O povo parece ser cheio de energia, trabalhador, mostrando iniciativa e aptidão para falar idiomas. Encontrei alguns jovens ao longo de minha estadia que podiam falar várias línguas, Francês, Inglês, Coreano e Japonês, por exemplo. Não duvidem, testamos.

Começamos pelo pólo econômico do país, antiga capital, Yangoon. O governo se mudou para longe, Naypyidaw, seguindo o exemplo do governo brasileiro ao construir Brasília.

Aliás, são todos fãs de nosso futebol. Inclusive o padre que encontrei ao visitar uma das catedrais, Santa Maria, no domingo. Conhecem os jogadores brasileiros, especialmente aqueles que atuam nas ligas inglesa e espanhola. Não poderia passar a oportunidade de comprar uma camiseta da seleção de Myanmar e do Yangoon United Football Club para meus afilhados.



Imagens da bela Catedral de Santa Maria. Ainda existem 14 igrejas católicas ativas na capital.
Até o final de 2010 terão reformado todos os vitrais destruídos durante a II Guerra Mundial.


O povo é muito amistoso e se desdobra para te ajudar. São muito inocentes quando comparados a outros povos da região e tratam muito bem os poucos turistas que recebem. De fato, são ávidos por turistas.

Esse é um lamentável efeito do embargo comercial: quem sofre é a população. Membros do governo seguem andando de Mercedes Classe S 0Km e curtindo o poder.

Cheguei na excelente pousada de US$10 por noite, limpa e com ar condicionado por volta das 20h de 6a. feira. Pedí ao rapaz que nos ajudasse a conseguir uma vaga no vôo matinal para Bagan, a região dos mais de 2000 templos e pagodas (é isso, dois mil, não errei a digitação). O rapaz acionou todos seus contatos e em menos de 1 hora recebí a programação: vôo matinal para Bagan (Yangon Airways), charrete alugada para nos guiar pela área turística do local, hostel de US$ 8 por noite e reserva para a volta no domingo de manhã. Tudo garantido na confiança. Aceitam US$, com câmbio muito diferente do oficial. Aqui vai uma das dicas mais importantes: NUNCA troque moeda em bancos ou nos aeroportos. Câmbio oficial US$ 1 = 6 kyats, no paralelo: US$ 1 = 1.070 kyats !!!

Outra boa dica é levar chocolates baratos para dar de gorjeta. Acreditem, o povo adora, não importa a idade. Faz mais efeito que dinheiro. Fiquei impressionado, especialmente com a reação do rapaz que nos ajudou no aeroporto na ida para Bagan. Achei que ele ia reclamar e, ao contrário, adorou. Daí para frente foram apenas sorrisos ao longo de nossa viagem. Uma caixa de Kit-Kat com 48 unidades.

Visitamos no primeiro dia o Shwedagon Pagoda, o maior templo budista do mundo, repleto de Ouro, com uma coroa de diamantes no topo do Pagoda principal feita por 5.448 diamantes e 2.317 rubís. O topo contém um diamante de 76 carat (15 g). Lindíssimo, de dia e de noite, é um dos locais que impressiona turistas de quaisquer crenças e nacionalidades. Visitamos novamente no domingo para ver sua beleza sobre efeito da luz do Sol. Não vale à pena descrever. Vejam as fotos. O templo data de cerca de 2500 anos atrás mas a stupa principal foi construída entre os séc. VI e X (veja a primeira foto da postagem).



Cenas noturnas: a stupa ao longe, a coroa de diamantes e,
abaixo, a magnitude das construções.









Impressionante a quantidade de famílias Burmesas visitando o templo, uma das cenas mais bonitas que já ví.
Aqui, monges param para conversar com turistas e praticar o idioma Inglês.






Decoração do Templo
 

 
No sábado voamos pela manhã para a mística Bagan, região do parque arqueológico com cerca de 2.200 templos e pagodas, alguns palácios, antiga capital de Reinos Burmeses, 54 ao todo. A cidade fica a cerca de 150 km de Mandalay ou a 1:20h de vôo de Yangoon. Ela é banhada pelo Rio Ayeyarwaddy e a vista da área à partir deste é, sem dúvida, fantástica. Passamos o dia todo explorando os templos em 2 charretes, sendo guiados por 3 simpáticos e amistosos burmeses, claro, todos vestindo sarong. As imagens, especialmente, durante o pôr-do-sol são fantásticas. Sem dúvida, momentos inesquecíveis para os 3 brazucas que nunca pensaram em viajar por estas bandas. Deixo os detalhes e fotos de Bagan para um próximo post.



Ônibus aéreo: parada de 20 minutos para descer e subir passageiros; se ficar no toilet perde o vôo...
US$ 72 ida e volta, muito eficiente, o avião passa o dia todo viajando entre as cidades em uma rota circular.


Chamei este post de Resgate em Myanmar, pois nos sentimos resgatando o turismo perdido que tanto aquele povo simpático e sofrido necessita. Pelas minhas contas, deixei mais de 80% do que gastei com a iniciativa privada.



Lago na capital e pintura no aeroporto internacional



Mercado de Yangoon: muitas quinquilharias Thais e Chinesas; a camiseta preta "Você já esteve em Myanmar ?" valeu !!!
Marcas de cerveja: Myanmar e Mandalay Red; a Mandalay Blue tem gosto de remédio.




Imagens da pobre capital com seus automóveis precários e as barracas
que vendem sandálias, um dos principais produtos do país (de couro e borracha).



O país vive da exportação de Gás Natural e de Madeira para a Tailândia e para a China. Há acordos bi-laterais com os 2 países. Ainda é um dos principais produtores mundiais de Papoula, especialmente no Norte mais frio, região que turistas não podem frequentar em função do controle de "guerrilhas", como se referem ao narcotráfico local. A relação destes exércitos paralelos com o governo gera muita controvérsia. É também um dos principais produtores de rubís e outras pedras preciosas. Dizem que ganham a chancela "Made in Thailand" e são exportados legalmente para os países que sustentam o embargo comercial, EUA principalmente. Não sei, mas onde há fumaça, há fogo...