Quem é Tomalau ? / Who is Tomalau ?

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Friday, December 26, 2008

Você sabia ? Bangkok é Krung Thep

Os thais chamam Bangkok de Krung Thep que quer dizer "Cidade dos Anjos". Esse nome é apenas a abreviação do verdadeiro nome da cidade.

O nome oficial da Bangkok é considerado o maior nome do mundo para designar uma cidade e está registrado no Guiness Book, o livro dos recordes. A transliteração para o inglês é:

"Krung Thep Mahanakhon Amon Rattanakosin Mahinthara Ayuthaya Mahadilok Phop Noppharat Ratchathani Burirom Udomratchaniwet Mahasathan Amon Piman Awatan Sathit Sakkathattiya Witsanukam Prasit"
Este nome quer dizer:
" A Cidade dos Anjos, a grande cidade, residência do Budda de Esmeraldas, a impenetrável cidade (de Ayutthaya) do Deus Indra, a grande capital do mundo dotado de nove gemas preciosas, a cidade feliz, abundando em torno do enorme Palácio Real que se assemelha ao domicílio celestial onde reina o Deus reencarnado, uma cidade dada pelo Indra e construída por Vishnukarn."

Friday, December 19, 2008

Sukhumvit

Crianças, este é o nosso bairro em Bangkok: Sukhumvit.


O prédio fica na Soi 33, como vocês podem ver no mapa ao lado e na imagem de satélite abaixo.

É o prédio branco em formato de hexágono (adultos, por favor expliquem para eles), bem alto.

Em volta há várias casas com jardins bem grandes. À noite o som que mais ouço são os sapos coachando. Acreditem, milhares de sapos nesta cidade. Ainda não ví ninguém fritando-os para servir na rua.

A Soi Samsip Sam (Rua 33, em thai) é reduto dos japoneses. Meu vizinho de porta é um japonês que não faz a menor questão de amizade. Nem responde aos meus cumprimentos e deixa bilhetes em japonês na porta para os thai. Imagino que alguém leia...

Sukhumvit é o bairro preferido dos farangs, de fácil acesso pois as Express Ways passam por perto e é servido pelo BTS Sky train e pelo metrô. Possui vários shoppings, supermercados, hotéis, bares, restaurantes, escolas, lojas de todos os tipos e excelentes hospitais com equipe que fala bom inglês. Bumrungrad e Samitijev são as recomendações para os farangs de passagem ou morando por aqui.

Normalmente comparo os locais daqui com o Rio de Janeiro. Eu diria que a Soi 33 é nos primeiros 500m Copacabana. No restante da rua parece o Leblon. Nosso apê é bem na fronteira dos 2 ambientes, com vista para o Leblon. Claro que ambos sem praias...



Thursday, December 18, 2008

Natal no Brasil

Laurinha e Tomás, papai está chegando !!!
Estou escrevendo esta postagem aqui do aeroporto Heathrow em Londres. Dentro de 3 horas embarco para o Rio de Janeiro e nos encontraremos à noite.

A saudade está grande, coração apertado, doido para ficar juntinho de vocês nos próximos 10 dias. Muitos beijos, abraços, carinho, brincadeiras e, é claro, alguns presentinhos que fui colecionando ao longo destes 3 meses.

Aproveito para compartilhar com vocês algumas fotos suas que adoro ver e rever por aquelas bandas do planeta. São momentos muito especiais.



เปารล

เปารล

Wednesday, December 17, 2008

Sobre a biodiversidade da região: fotos

Espécies em extinção
Crocodilo Siamês



Golfinho Irrawady
=> encontrado ao longo de apenas 190km do Mekong, no Cambodja



Catfish Gigante
Maior peixe de água doce do mundo
pesando em torno de 300kg






Novas Espécies


Centopéia Dragão




Víbora verde da Tailândia (2004)



Coelho listrado Annamite




Laotian rock rat; Chiromantis Samkosensis (1 novo sapo); Huntsman spider

Quem desejar maiores detalhes sobre o tema pode visitar: http://www.divshare.com/folder/443367-922

Tuesday, December 16, 2008

Sobre a biodiversidade da região

Pessoal,
Reproduzo abaixo reportagem da BBC sobre a fauna e a flora da região do Rio Mekong.
Um grande abraço,
Tomalau Thaipai




Mekong revelou mais de mil espécies novas em dez anos
15/12/08 - BBC Brasil


WWF divulgou relatório com 1.068 espécies novas achadas entre 1997 e 2007.

Mais de mil espécies novas de animais e plantas foram encontradas na última década na região do rio Mekong, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira pela organização ambientalista internacional WWF.

A região do Mekong abrange o Camboja, Laos, Mianmar, Tailândia, Vietnã e China.

A WWF afirma que, entre 1997 e 2007, 1.068 espécies novas foram catalogadas, entre elas a "lacraia dragão", um animal que produz cianureto e que chama atenção por suas cores vibrantes.

A maior parte dos animais foi encontrada na selva ou em pântanos da região, mas alguns foram descobertos em lugares inesperados. O rato-da-pedra-laociano, uma espécie que seria descendente direta de um grupo de roedores que desapareceu há 11 milhões de anos, foi encontrado em um mercado de alimentos no Laos.

Uma nova espécie de víbora verde foi achada próxima a um restaurante no parque nacional Khao Yai, na Tailândia.

"Essa região é como as histórias que eu lia sobre Charles Darwin quando eu era pequeno", disse Thomas Ziegler, um dos pesquisadores envolvidos.

O relatório afirma que em dez anos foram encontradas 519 plantas, 279 peixes, 88 rãs, 88 aranhas, 46 lagartos, 22 cobras, 15 mamíferos, quatro pássaros, quatro tartarugas, duas salamandras e um sapo.

Sunday, December 14, 2008

Muay Thai: Boxe Tailandês

Na última 6a. feira, 12/12/2008, estive no Lumpinee Boxing Stadium para assistir às lutas de Boxe Tailandês. O esporte é um dos preferidos dos tailandeses, tal qual o futebol. Toda cidade possui ao menos um local para promover as lutas.



A programação começa às 18:30h e vai até cerca de 23h dependendo do andamento das lutas, de quinta a sábado. São várias categorias, mas as melhores lutas são as últimas. Portanto, chegue com 1 hora de atraso para evitar as lutas tipo "exibição" ou aquelas com lutadores inexperientes.


Chegamos às 20:30h. Como bom brasileiro, cheguei 1 h atrasado em relação ao horário recomendado. Não perdí nada, de qualquer forma.


Naquele dia foram realizados 11 combates. Cada combate dura 5 rounds de 3 minutos cada. Os lutadores descansam por 2 minuntos entre cada round. Durante os rounds a orquestra phipat local toca músicas que vão aumentando seu rítmo à medida que o tempo da luta passa.








Antes do combate, cada lutador realiza um rito no ringue o que dá um toque espiritual e budista ao muay thai: ele se curva na direção do local em que nasceu, na direção dos 4 pontos cardiais e para seu mestre. Depois ele dança bem lentamente para mostrar sua capacidade de controle.








Em geral, lutam com shorts vermelhos e azuis. Entram no ringue com robes de seda brilhantes e coloridos. Colares de flamboyants pendurados no pescoço dão um toque feminino ao conjunto de gosto duvidoso. Mas não há motivos para alguém em sã consciência gritar "Bicha" para o lutador. Nem passou pela minha cabeça...







Todas as partes do corpo podem ser usadas para o ataque exceto a cabeça. Também, o lutador pode acertar todas as partes do corpo do oponente, exceto a virilha (muito justo).










As lutas são emocionantes, nem tão violentas como imaginava dado o profissionalismo do esporte atualmente.








A torcida é um espetáculo à parte pois vibra de uma maneira impressionante. Lembra a torcida do Mengão no Maracanã, mas como o local é pequeno, fechado e as pessoas estão empolgadas, a vibração é muitíssimo intensa. Vale realmente a pena conferir.









ASSISTAM AO VÍDEO (30s):














Friday, December 12, 2008

MANIFESTO


Amigos, Laura, Tomás e família,


O que alimenta este blogueiro são alguns fatores importantes:


  • primeiro, que a mensagem chegue para Laura e Tomás que, com 6 e 4 anos respectivamente, dependem de um adulto para ter contato com esta forma de comunicação; ao menos por enquanto;

  • a atenção, os e-mails, as mensagens, os risos e, principalmente, o carinho recebido por todos que investem seu tempo precioso nesta leitura;

  • sem dúvida, os comentários, "perpétuos" no ambiente virtual, são a melhor expressão disto.


Não sei se as pessoas possuem a fantasia de, ao publicar um comentário, sofrer qualquer invasão de um hacker, ou se expor ao mundo... Ou se há mais "voyers virtuais" que público ativo.


Pessoal, entrem com pseudônimos, ou com seu próprio nome, mas por favor, COMENTEM NO BLOG. Preciso de "alimento" dos amigos, da família e das crianças.


No dia 07/12, após 3 meses e 3 dias aqui na Tailândia completei o post de número 50, recebendo 51 comentários, sendo que uma meia dúzia do próprio autor para responder a perguntas. Menos de 1 comentário por post.


Em compensação, recebí muitos e-mails e telefonemas sobre os assuntos. Ótimo !!!


Recentemente uma amiga pediu que escrevesse uma versão com o mesmo conteúdo em inglês, para ela poder acompanhar. Disse que ia pensar no assunto e que não me sentia motivado. Pensei em publicar uma pesquisa. O que vocês acham que devo fazer?

Wednesday, December 10, 2008

Fotos acidentais

Alguns momentos interessantes que fotografei ou fui fotografado:




Farmácia chinesa em Beijing: ninguém fala inglês e eles não reconhecem nossas letras
Dica: Bufferin (ou Naldecon para os brazucas) é o único remédio para gripe que conseguimos comprar por lá
Graças à ajuda de uma chinesa que fala inglês






Pôr do Sol em Dalian, China




Avião da Dragon Air; nosso motorista chinês nos deixando no aeroporto




=> Estrada na Província de Jianling; reparem no fog e no ursinho pendurado pelo motorista :)





Restaurante em Dalian: "Que raio de comida é essa?"





Grande mentira: "O melhor sanitário público do ano"
Qual ano? Quem escolheu? Deve estar explicado em thai.




Teleférico: "que mão é essa?"




Postura fixa





Por quais motivos estão todos com sono neste trem?

Tuesday, December 9, 2008

Comendo na Ásia

Nos últimos meses tenho passado por algumas experiências interessantes do ponto de vista culinário.

A comida aqui na Tailândia e nos demais países da Ásia, em geral, tem bom cheiro, é bonita e saborosa. Mas é vendida em locais populares onde não há certeza sobre o padrão de higiene. Tampouco os governos fiscalizam este tipo de atividade.


Noodle shop; Mercado popular; Restaurante popular com o banquete pronto para o almoço (não é self service)

Uma dica é comer sempre em locais cheios de pessoas do próprio país. Se puder achar um local cheio de pessoas da região, mas com alguns farangs, melhor ainda pois os últimos já testaram. Não recomendo, salvo por indicação de fonte confiável, comer em locais vazios, muito menos cheios de turistas; é roubada na certa.

Não se iluda ao vir para a Ásia: sua flora intestinal vive do outro lado do planeta e está viajando pela primeira vez para cá; será atacada, fagocitada, renovada; não sei ao certo o que ocorre, mas durante o processo os micro-organismos se multiplicarão trocando DNA e em algumas semanas você se torna um ser mais resistente. Mas há um preço a pagar pela adaptação...

Traga também o kit básico para sobreviver e reagir às surpresas:
  1. anti-histamínico para as reações alérgicas (lembre-se você nunca foi alérgico aos camarões ocidentais);
  2. comprimido de carvão ativo (charcoal) para os casos de intoxicação alimentar (food poisoning é o termo utilizado na Tailândia onde há belíssimos hospitais com atendimento em inglês e até Starbucks; na China, no Vietnã, no Laos e no Cambodja, apenas para citar alguns exemplos, a conversa é outra...);
  3. Alka Seltzer pois o estômago pode reclamar;
  4. o remédio para dor-de-cabeça que você achar melhor; por aqui não há Dipirona.
Loja de temperos e doces na fronteira com o Laos; restaurante em Mimburi, Bangkok


É fato que mudei completamente meus hábitos alimentares e perdí 7 kg desde que cheguei. Algumas mudanças:


  • como diversos tipos de sopas todos os dias, no almoço e no jantar: noodle soup (sopa de macarrão de arroz), Kao soi, Ramen (sopa japonesa), etc...

  • adoro comer apimentado, especialmente chili; os thais ficam impressionados com a quantidade que adiciono na comida comparada aos demais farangs; é ótimo para ativar o organismo e não faz tão mal como a pimenta na Bahia;

  • não uso mais garfo e faca, apenas palitinhos e colher; detalhe: colher para partir e tomar a sopa com a mão esquerda; depois que você se acostuma é difícil voltar atrás;


  • frutas, muitas frutas: mamão, melões de diversas cores, bananas de diveros tipos e tamanhos, mangas verdes e amarelas, maçãs verdes e em diversos tons de vermelho, abacaxí, melancia e Dragon fruit (prove uma vez apenas).

A comida nos países asiáticos é muito diferente da América Latina. Diferente no modo de preparo, no que se come, no jeito de comer, nos utensílios utilizados:
  • modos de preparar: crú, cozido, cozido no vapor, levemente frito com óleos vegetais ou muito frito; não se prepara nada por muito tempo para evitar destruir as propriedades dos alimentos;


Vejam como se cozinha o noodle e como o retiram da panela após cerca de 1 min.

  • peixes, frutos do mar, carne de porco, frango, pato, miúdos e ovos; carne de vaca é coisa rara por aqui, apenas para farangs;

Salada de frutos do mar na China; peixes, prawns, camarões e frutos do mar em noodle shop em Korat (Tailândia)

Embaixo, intestino de porco (parece uma massinha, né) e Pés de Ganso (China)


  • leite de soja, tofú, mas fique tranquilo pois é fácil encontrar laticínios e derivados de leite de vaca (desde que o leite não seja chinês);

  • frutas, legumes, verduras, castanhas, cogumelos; folhas de diferentes plantas que no Ocidente não são aproveitados para comer (folha do mamoeiro, por ex.);


  • arroz, é claro, preparado das mais diversas formas: no vapor, cozido, frito, puro ou com legumes, ovos, frutos do mar, porco, frango...


Phad Tai - arroz com legumes, prawns e ovo frito no óleo vegetal; olha o potinho de chilli ao lado da cerveja com gelo

  • já passei pela frente, mas não paro nem para olhar, nem para experimentar: insetos; comem gafanhotos fritos nos mercados populares e até na rodoviária;

  • compartilham tudo; ninguém pede seu prato individual; os pratos são divididos por todos; há mesas redondas, projetadas especialmente para este fim em restaurantes; é um hábito muito legal que une as pessoas e torna a refeição e o ambiente super agradáveis;


  • farangs e japoneses comem sozinhos, os demais não;

  • comem algumas coisas com as mãos; palitinhos e colher sempre;
  • legumes crús e limpos para cortar o efeito do chili;
  • no café-da-manhã comem praticamente o mesmo que no almoço e no jantar;

=> Foto tirada às 8:30h em Huamak, Bangkok

  • água e chás servidos de graça em todas as refeições; diversos tipos de chás
  • molhos adocicados e apimentados dos mais diversos tipos e cores para combinar com cada tipo de alimento


  • comem frutas com sal;

  • feijão preto é utilizado em doces; os demais em saladas;


Sagukoran - coco, sagú, açúcar e feijão preto; Salada de feijão marrom

  • snaks fritos e cozidos servidos na rua em carrinhos populares;


Petiscos fritos em Korat; Snaks cozidos com folhas em Bangkok; Dumpling cozido de legumes na China

  • adoram comprar comida e bebidas em sacos e levar para o escritório ou para casa;
Há 2 semanas, em Beijing, no meio da crise política na Tailândia, caminhávamos pelas ruas da capital chinesa, eu, um outro brasileiro e um turco. Sentíamos o stress das incertezas da viagem de volta para casa e mais o vento gelado no rosto, ao redor de -3 graus Celsius.
Naquele ambiente, o turco lembrou que ninguém tinha feito uma refeição descente naquele dia e percebemos que estávamos com fome. Prontamente, manifestei o desejo brasileiro de comer um churrasco, algo dificílimo de imaginar por estes lados. Todos concordaram que seria ótimo, especialmente com cerveja ou vinho.
Caminhamos em direção ao hotel pois alguém mencionou ter visto um Outback nas redondezas. Decidimos, então, entrar no primeiro shopping center. Após andarmos praticamente todas as praças de alimentação, encontramos este tipo de restaurante que vocês vêm abaixo; o cozinheiro comanda a festa, grelhando tudo que pedirmos. Daí veio a criatividade brasileira: improvisar um churrasquinho com cerveja neste ambiente tipicamente oriental. Deu certo:
Beef grelhado com molho shoyo; frango grelhado no molho doce; carne grelhada com brotos de feijão e camarões grelhados
As estrelas da noite: cogumelos enrolados em finas tiras de carne de vaca e o Beef com molho shoyo
Tudo istó, é claro, regado a cerveja chinesa razoávelmente gelada: Yanjing Beer. Estava ótimo e ficamos no local por cerca de 3 horas e meia.