Quem é Tomalau ? / Who is Tomalau ?

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Sunday, October 11, 2009

Bangkok tem cada "figura"...

Há algum tempo me indicaram um alfaiate muito popular entre os Farangs em Bangkok: Raja e seu filho Bobbie.

Ambos Thais, descendentes de um Indiano que começou o negócio há mais de 60 anos em uma das cidades do Nordeste da Tailândia.

Delgado, alto, com a barba grisalha, olhar fixo e sempre usando um turbante ao estilo hindú, Bobbie é uma grande figura. Um negociante nato. Conversar com ele, além de prazeroso, nos mostra as verdadeiras técnicas de persuasão de um bom homem de vendas.

Eles ocupam a loja da Soi Nana (Sukhumvit Soi 4) há algumas décadas, um dos locais mais mal frequentados de Bangkok, coração do "baixo meretrício".

Mesmo assim, pessoas do mais alto gabarito frequentam sua loja, desde Executivos de Multinacionais até Membros do alto escalão do Governo Americano. Diga-se de passagem Raja se orgulha das diversas fotos, cartas e prêmios de reconhecimento exibidos em cada espaço de suas paredes e prateleiras onde não estoca os tecidos que oferece aos clientes.

Além da boa conversa, bons preços e alta qualidade, o melhor ao visitar sua loja é poder curtir a cerveja mais gelada da cidade. Nenhum pub serve uma cerveja em garrafa long neck suando, com aquela marquinha branca em volta... Ah, que saudade de um boteco carioca !!!

É fato que as poucas vezes que encontrei cerveja tão gelada assim foi em alguns restaurantes indianos. É provável que Indianos e Brasileiros compartilhem deste agradável hábito. Outra razão também provável é que os primeiros não possuem este hábito por motivos religiosos e a cerveja vai se acumulando no freezer.

No caso do Bobbie a cerveja gelada é uma ótima estratégia de negócios, sem dúvida.

Engraçado como Bobbie define seu corte: "Raja's Boss", não Hugo para deleite dos piadistas.

Bangkok é mesmo uma cidade cosmopolita, com umas figuras especiais, que valem uma boa conversa a qualquer momento.

Thursday, August 27, 2009

OTOP - One Tambon One Product


Essa sigla refere-se à feira de artesanato que acontece todos os anos em Bangkok, nesta mesma época:
One Tambon significa "um distrito";
e One Product, "um produto".

A idéia é promover o artesanato e a produção de micro e pequenas empresas das 4 regiões do país: Sul, Norte, Nordeste e Central. É fácil perceber as diferenças culturais entre elas, tanto na confecção de roupas, como na produção de enfeites, utensílios, jóias, móveis e, é claro, na culinária.

Por exemplo:

  • Sul - região de praias e ilhas paradisíacas: portanto, utilizam pérolas, conchas, bambú, fibras de árvores diversas e estampas de motivos marinhos; influência muçulmana em função dos povos que habitam a fronteira com a Malásia;

  • Norte - região menos quente, montanhosa: cores mais sóbrias, materiais mais elegantes, muitas peças de madeira, venda de ervas, culinária mais elaborada;

  • Nordeste - região mais quente, planalto, na fronteira com o Cambodja e com o Laos: culinária mais picante, cores vivas, misturas de diversas padronagens;

  • Central - influência da cultura Burmesa, além de ser uma região mais industrializada; peças padronizadas, almofadas, colchões e roupas mais tradicionais. Na verdade, a parte mais sem graça da feira.

As garotas de minha equipe me convidaram para ir lá após o expediente pois sabem do "meu problema": preciso de um monte de coisas e vivo esquecendo na hora em que vou ao supermercado ou ao shopping.

Já que estava acompanhado das Thais pude comprar tudo à preço de atacado, com grandes descontos. Isto evitou a armadilha típica dos comerciantes locais: cobrar mais de Farangs (estrangeiros).

Paguei por descansos de copos trabalhados à mão, muito bonitos, o equivalente a R$ 0,27/un. Uma cesta de vime grande para colocar a roupa que irá lavar, com alças de couro e tampa, custou R$ 16,00. Bons negócios.

A feira dura até o próximo domingo e os Thais adoram. Apenas mencionei rapidamente no Facebook mobile que estava indo para lá e em menos de 10 min chegaram 3 mensagens sobre o assunto. Para vocês terem uma idéia, há pessoas indo lá todos os dias. Claro, boa comida e Thai massage são oferecidos no pavilhão.

Boa maneira de fugir da chuva e do trânsito.
Sinais da crise: em outros anos a feira chegou a ocupar 7 Pavilhões do IMPACT Center. Atualmente, apenas 3. Mesmo assim, a feira continua enorme...


Minha equipe feliz, exibindo suas compras
Claro, ao chegar em casa percebí que precisava comprar sabonetes, utensílios plásticos para geladeira e micro-ondas, além de pano de chão, guardanapos... fica para o dia que eu lembrar. Eheheheh

Thursday, February 12, 2009

Pahurat - o distrito Indiano


Crianças, após visitar Chinatown no domingo 01/02/09, continuei minha caminhada pelo distrito Indiano de Pahurat. É uma vizinhança pequena, com cerca de 8 quadras e um mercado popular onde a influência da cultura Indiana é facilmente notada.

Não é uma área tão famosa em Bangkok. Chinatown, sem dúvida, rouba a cena. Turistas nem sempre ficam sabendo, os Thais também não costumam frequentar, apenas aqueles que lidam com tecidos ou moram nas redondezas.


O mercado popular de Pahurat é conhecido como o melhor local para quem deseja comprar tecidos, algodão e seda, e roupas. Lá encontrei camisas de meu tamanho, mas de gosto duvidoso...

Comércio de flores na Thanon Pahurat esquina com Thanon Chakraphet
Cenas do Mercado de Pahurat: roupas, adornos, enfeites, jóias e, é claro, descendentes de Indianos

Visitei também o Old Siam Plaza, shopping moderninho, porém com arquitetura tradicional, em contraste com o mercado popular na mesma rua.


Porém, o que vale a pena mesmo é encontrar as delícias da culinária indiana. Para quem é fã, como eu, há alguns restaurantes tradicionais escondidos em becos e ruelas ao redor do mercado. É claro que programei meu almoço para o final da tarde com desejo de provar um destes. Sábia decisão.

Royal India: aconchegante restaurante em um beco na Thanon Chakraphet
BBB, menos de R$ 20 bebendo a Heineken 600ml mais gelada de Bangkok
Espinafre com curry e tofú, pão assado de trigo e Frango desossado com molho de especiarias do chef


Santuário com influência Indiana na Thanon Pahurat
Locadoras com os grandes sucessos do cinema indiano: BOLLYWOOD
Impossível não perceber a influência indiana no local

Sunday, February 8, 2009

Chinatown


Laurinha e Tomás,
Domingo passado, por ocasião do Ano Novo Chinês, decidí colocar um sapato bem confortável para caminhar por Chinatown, localizada na área de Sampeng. Este é o lugar onde a comunidade chinesa vive desde o século XVIII quando o Rei Rama I decidiu construir a nova capital, Bangkok e teve que realocá-los para construir o Palácio Real.
Aproveitei para tirar muitas fotos para mostrar para vocês um pouquinho mais sobre o lugar que estou vivendo. Tenho certeza que vocês vão gostar da decoração de Ano Novo, da arquitetura chinesa, muito diferente da brasileira e do ambiente colorido que eu encontrei pelas ruas.
Chinatown é o maior distrito chinês do país, repleto de templos, movimentadas ruelas e becos estreitos, mercados, barracas, restaurantes, lojas que negociam tudo, inclusive Ouro e jóias. Apesar do aspecto e atmosfera populares é um dos locais mais caros e valorizados do país.
O clima de Ano Novo Chinês está por todos os lados
Detalhes da cultura e língua chinesas; o tuk-tuk nos lembra que estamos em Bangkok
Comecei minha jornada pelo BTS Skytrain até a estação Asok, onde há conexão com o metrô MTS. Limpo, confortável e moderno, o metrô de Bangkok é muito mais confortável e espaçoso que os de Londres e Hong Kong. Pena que a malha ainda é pequena. Fui de metrô até a estação Hualamphong Station, onde fica localizada a principal estação ferroviária do país. Perceberam ? Tudo integrado. Falta apenas o aeroporto, linha de BTS com previsão de inauguração para os próximos 6 meses.
=> Hualamphong Station
Ao sair da estação de metrô, cruzei o Khlong Krung Kasem, um dos canais de Bangkok, que separa Chinatown da Rama IV Road. Naquele ponto há um centro de informações turísticas e para aqueles que não desejam caminhar há um ônibus circular, com decoração chinesa, partindo dalí.
=> Crianças, vocês vão adorar passear neste ônibus; lembra o bondinho de Santa Teresa, né?
Caminhei em direção ao Arco Chinês e pude apreciar algumas lojas e restaurantes típicos locais, além de um local de meditação.


Lojas na Thanon Yaowarat vendendo embutidos e cofres; Restaurante Chong Tee na Soi 1 da Thanon Tri Mit


Fundação Golden Shrine

Aproveitei para fotografar o Wat Traimit, templo thai onde está localizado o maior Budda de ouro maciço do mundo, pesando cerca de 5 ton. Seu valor é estimado em US$ 10 milhões apenas pelo peso em Ouro. Como já tinha visitado o templo em abril de 2008, apenas fotografei o novo prédio, inaugurado no final do ano por ocasião dos 81 anos do Rei.
O Golden Buddha, como é conhecido localmente, possui uma história interessante. Moldado no século XIII completamente envolvido em estuque (massa feita de cal, areia fina, pó de mármore e gesso) para evitar chamar a atenção de ladrões e saqueadores. Mais tarde a imagem foi trazida para Bangkok por Rama III e o disfarce foi tão bem feito que apenas em 1955 perceberam o truque: quando a imagem estava sendo transferida para o Wat Traimit ela sofreu um acidente, quebrando a cobertura e revelando o interior maciço em Ouro. Foi uma comoção nacional e desencadeou uma febre: pessoas quebrando estátuas de Budda na esperança de revelarem segredo similar.
Arco Chinês e Thanon Yaowarat
Do Arco Chinês, caminhei em direção a Thanon Yaowarat, principal avenida de Chinatown, repleta de restaurantes, negócios e lojas com típico ar chinês. Parei em um dos templos com arquitetura chinesa, Wat Samphanthawongsaram Wrawiharn, templo antigo, construído no período que Ayuthaya ainda era capital. O Príncipe Samphanthawong, um dos filhos de Rama I, foi seu fundador.
Wat Samphanthawongsaram Wrawiharn
Caminhei então pelas ruelas e becos de Chinatown observando os diferentes tipos de comércios: cofres, construção, sapatos, roupas, brinquedos, livros, artigos para festas, doces, especiarias e temperos, panelas, tudo é vendido por aqui. Claro a preços baixos tal como no Saara, no Rio de Janeiro. Restaurantes e barracas de comidas, de todos os tipos e públicos complementam a paisagem deste formigueiro humano. Recomendo caminhar sem medo pela Sampeng Lane (ou Soi Wanit I), rua fechada para pedestres, e suas transversais. Nestas, recomendo cuidado com o transito de motos e carros pois são muito estreitas.
Thanon Songsawat: arquitetura colonial aparece em todo o bairro; típico restaurante chinês Dim Sum na Thanon Yaowarat

Ruas vazias? Crianças brincando de bola? Lojas fechadas? É Domingo... mas apenas no inicio da Sampeng Lane
Pronto, algumas centenas de metros depois encontrei a agitação e o movimento que esperava, no coração de Chinatown
Terminei a maravilhosa caminhada por Chinatown no outro extremo do bairro, no mercado de Nakhon Khasem. Este nome em Thai quer dizer "Mercado dos Ladrões" pois antigamente se vendia de tudo por aqui: peças de carros, motos, rádios, tvs, etc..., claro sempre de procedência duvidosa. Atualmente é um conjunto de ruas com lojas que vendem equipamentos metálicos para quaisquer tipos de negócios como fogões industriais, panelas para restaurantes, carrinhos de rua, bombas, equipamentos de refrigeração. É o ponto de Bangkok onde há várias lojas de instrumentos musicais.
Nakhon Khasem ou Thieves Market
Após às 17h, a cena de Chinatown muda radicalmente: a maior parte do comércio fecha e várias barracas de vender comida e bebida começam a funcionar. Restaurantes e boites também. É happy hour todos os dias, o que quero conferir no futuro. Vejam mais algumas belas fotos do bairro.


Cruzamento das Thanon Yaowarat e Thanon Chakrawat que vai em direção ao Rio Chao Praya; Shangri-La Hotel ao longe
Qualquer tipo de mercadoria e negócio podem ser encontrados por aqui