Quem é Tomalau ? / Who is Tomalau ?

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Sunday, November 30, 2008

Beijing, a capital chinesa

Ficamos apenas 1 noite em Beijing, 4a. feira 26/11/08. Conseguimos vaga no Beijing Hotel, tradicional, funcionando por mais de cento e dez anos. Muito bem localizado, próximo das principais avenidas e locais históricos da cidade.

Aproveitamos o final da tarde, após chegar do aeroporto de trem, para visitar a Cidade Proibida, a Praça da Paz Celestial e caminhar ao redor do hotel, todos próximos.
A temperatura estava ao redor de 3 graus Celsius. Mas o vento era tão forte que a sensação térmica era provavelmente de 5 graus negativos. Tive que comprar gorro, cachecol e luvas para aguentar o frio durante o passeio. No final das contas, após anoitecer, a caminhada não durou tanto assim... Prefirimos ir jantar em um local aquecido.
É interessante como as principais cidades asiáticas têm investido muito em transporte coletivo, especialmente trens e metrôs. Beijing, não é exceção. Saímos do aeroporto de trem que faz conexão com o metrô próximo à cidade. Nosso hotel fica localizado em frente a uma das estações. Tal qual Hong Kong, Shanghai, Bangkok, tudo limpo, sinalizado em inglês (exceto mapas das localidades e ruas), fácil de entender.

A Praça da Paz Celestial, conhecida internacionalmente como Tiananmen Square, é considerada a maior praça do mundo com cerca de 44 hectares, tamanho suficiente para aglomerar 1 milhão de pessoas em solenidades.
Museu da Revolução e História Chinesas e vista da Praça à partir da entrada da Cidade Proibida
A Cidade Proibida, chamada pelos chineses de Gugong está localizada no Centro de Beijing, bem ao Norte da Praça da Paz Celestial. É considerada o maior complexo de palácios do mundo com cerca de 74 hectares.
Ela serviu a 14 Imperadores da Dinastia Ming e 10 da Dinastia Qing, até 1924 quando o último imperador, destronado desde 1911, Qing Emperor Puyi, partiu para Tianjin e se estabeleceu lá como um comerciante japonês.
Desde 1987 é considerada pela UNESCO Patrimônio Cultural da Humanidade.
Cidade Proibida: Tian'anmen Rostrum (1417), entrada para a Cidade Imperial; dois brasileiros e Mao;
Working People Cultural Palace (antigo Taimiao, O Supremo Templo Ancestral), escultura do Huabiao e acesso para turistas
O Último Imperador, lembram?
Dentro da Cidade Proibida: muito frio e ventos fortíssimos
Praça da Paz Celestial e Monumento aos Heróis do Povo
Cerimônia de hasteamento da bandeira chinesa

A Grande Muralha da China



Visitei a Muralha da China nesta semana, aproveitando o tempo livre enquanto aguardava o vôo Beijing - Hong Kong. Não posso reclamar da confusão no aeroporto de Bangkok ...

O tempo estava lindo, sol brilhando, céu azul limpíssimo e pouco vento. Assim deu para aguentar a temperatura da região, ao redor de 3 graus Celsius. Sorte minha pois sofro com temperaturas abaixo de 10 graus.

Chegamos cedo ao local, por volta de 8:30h: eu, outro brasileiro, um mexicano e um turco.

Os turcos não são muito bem vindos na China, não imagino os motivos; brincava com o amigo que parte da Muralha foi construída para impedir a invasão dos exércitos otomanos no passado, o que não é verdade.

Ele estava muito preocupado com seu visto: liberaram apenas 1 entrada por 3 dias e precisava prorrogá-lo pela segunda vez se algo ocorresse com o vôo. Para os demais, 30 dias de permanência; no meu caso, que estive lá pela segunda vez, múltipla entrada por 6 meses, mostrando que são um povo amável com os brasileiros. Os turcos apenas podem vir para cá comprovando local de estadia e comprando cheques de viagem para trocá-los por YUAMs, US$ ou Euros.

A Muralha começou a ser erguida em 220 A.C., no início da Dinastia Qin, a primeira a unificar os povos chineses. Ela foi erguida com o propósito de defender o novo território do povo Xiongnu, do Norte. Mais tarde, a Muralha foi reconstruída para combater as tribos da Mongólia e da Manchúria.
Há diversos trechos da Muralha que podem ser visitados. Visitamos um deles a cerca de 1:30h de carro a partir de Beijing: Badaling. Turístico demais, com teleférico, diversas barracas para vender quinquilharias chinesas, livros, agasalhos, camisetas e artigos de seda. De qualquer forma, para quem tem pouco tempo vale muito à pena.


Caminhar pela Muralha foi uma experiência fascinante. Volto, com certeza, para visitar outros trechos mais bonitos e fortificados. Especialmente em uma época do ano mais conveniente pois no final do outono a vegetação está completamente ressecada se preparando para a neve do inverno.

Laurinha e Tomás, fiz um vídeo especial para vocês:



Bangkok está agitada ...

Esta semana foi realmente confusa. Todos estão acompanhando pelos jornais a situação política aqui na Tailândia. A PAD, partido que é contra o atual governo, organizou a invasão dos principais aeroportos do país, para impedir que o Primeiro Ministro voltasse de uma viagem ao Perú. Solicitam que ele deixe o cargo em troca da liberação dos aeroportos.

Com isto, não pude retornar de minha viagem à Dalian, no Nordeste da China. Fiquei retido na escala em Beijing na 4a. feira ao tentar embarcar para Bangkok. Outros companheiros de trabalho estavam na mesma situação, alguns em Beijing e outros em Hong Kong.

A solução foi embarcar na 5a. feira para Hong Kong, onde conseguimos pegar um vôo na 6a. feira para Phuket, cidade turística no Sul da Tailândia. De lá, seguimos de van para Bangkok, 12 horas de viagem. Cheguei hoje, sábado 29/11, às 7:30h em Bangkok.

A situação na cidade é calma, as pessoas trabalham e se divertem normalmente. O problema está localizado nas áreas ao redor do Palácio do Governo, do Parlamento e nos 2 aeroportos, Suvarnabhumi (internacional) e Don Muang (regional). Todas tomadas pela PAD.

Apesar do cansaço, estou muito bem.

Sunday, November 23, 2008

O Monge e o Executivo Tailandês

Um querido amigo do MBA, profissional de grande valor no mercado de trabalho brasileiro, me perguntou sobre a oportunidade de trabalhar aqui na Tailândia. Vou publicar na íntegra minha resposta.


"Caro amigo,


Fique tranquilo...

A experiência está muito legal. A cultura empresarial é muito diferente:
  • delegam tudo sem follow up pois confiam nos "irmãos da família"; família aqui na Tailândia tem o conceito de ser formada por aqueles que convivem com você há algum tempo, tendo algo em comum e relacionamento interpessoal, não apenas laços de sangue, independente de nível social; Buda definiu o nível social e é assim;
  • quando alguém da "família" trai seus líderes, ou os engana, a reação natural é perdoar e ajudar a pessoa a se recuperar; perder o emprego, nunca;
  • baixo nível de acompanhamento de metas; mas os gerentes adoram um indicador e um procedimento, mesmo que não seja para gerar cobrança;
  • não desafiam a autoridade, não gostam de contrariar aqueles que respeitam; ex.: se o corredor do hall estiver pegando fogo e o thai precisa avisar a seu chefe e o chefe está de cara amarrada ou pediu 5 min pois está ocupado, o chefe vai morrer queimado (kren jai);
  • tratam todo mundo bem: você chega e te oferecem água, café e comida; a empresa oferece aos funcionários: café-da-manhã, merenda, almoço farto, merenda da tarde... ainda não implantaram o jantar no administrativo;
  • falei merenda pois parece um escolão; os mais espertos e esclarecidos são os "professores"; e no final do ano, todo mundo passa; ou seja, se trabalhou os dias combinados, ganha bônus;
  • trabalhar os dias combinados significa dias úteis menos: férias de 20 dias, 20 dias para ficar doente sem comprovação e 6 dias de folga para resolver qq coisa, garantidos por lei (já falei que o Rei é melhor que o Lula...), exceto para estrangeiros;
  • dias úteis são muito menos que no Brasil; consulte a página: http://en.wikipedia.org/wiki/Public_holidays_in_Thailand
  • os Gerentes de Vendas não acompanham volume, nem metas; quando muito, acompanham o resultado contra o ano anterior; portanto, podes imaginar os resultados da empresa; minha missão é mudar isto;
  • algumas frases proclamadas por estrangeiros (eu ouví todas e algumas são de pessoas que trabalham em outras empresas como P. Morris, Michellin, Unilever:
    "Aqui na Tailândia, Baiano é high potential"; Brasileiro
    "Vou me vestir de Buda ou de monge para ver se eles começam a ler o relatório"; Brasileiro
    "Para mim é muito difícil entender estes caras; vou voltar para a Alemanha de onde não devia ter saído"; Francês
    "Quando chega a carne e a cerveja? Por aqui eles não tem comida de verdade?" Turco
    "Pessoal, não adianta falar em demissões por aqui. Temos que fazer resultados com estes caras daqui mesmo..." Argentino
    "Mas chefe, como?" Todos
    "Não tenho a mais vaga idéia. Vamos achar um jeito" o mesmo Argentino
    "Haverá uma cerimônia budista após a implantação do projeto para ver se agora dá certo. Convidei 10 monges. O pessoal vai gostar." Tailandês que viveu nos EUA por 10 anos tentando fazer algo. "

Conseguem imaginar como é desenvolver algo por aqui? Um verdadeiro desafio de planejamento e tranquilidade. Temos que ser muito políticos e calmos, ao contrário do francês acima que deseja voltar para a Alemanha mas não pode ser transferido. Está ficando louco...

Friday, November 21, 2008

Meu escritório

Queridos Laura e Tomás,

Hoje vou apresentar para vocês o meu escritório, dentro do prédio da Coca-Cola em Bangkok. A verdade é que fico muito pouco tempo nele pois tenho andado por todos os lugares da empresa ou em conversas (para os adultos, leiam reuniões, por favor) com outras pessoas que trabalham aqui.




Tirei as fotos no segundo dia que me mudei do oitavo andar do prédio, onde ficava em uma mesinha, para o décimo andar há cerca de 3 semanas. Já está um pouquinho diferente. Coloquei umas fotos de vocês aqui.







Tomás, você pediu e estou publicando a foto do carro que utilizo aqui. É um Honda, como o papai sempre prefere.




O nome do meu motorista é Pok. Por aqui, não posso dirigir pois não posso entender o que está escrito nas placas, além da direção ser do lado direito do carro ("mão inglesa" para os adultos).

Pok é um ótimo profissional: conhece todos os caminhos da cidade, sabe fugir do trânsito sempre que possível, é pontual e fala o suficiente de inglês para se comunicar bem comigo, ao contrário dos motoristas de meus colegas. É bastante educado e cordial. E o melhor de tudo, é músico nas horas vagas. Sabe tocar guitarra, teclado e bateria. Nem preciso me preocupar com música; ele grava diversos CDs mp3 com ótimas músicas desde os anos 1970 até sucessos recentes. Difícil é ouvir Abba, mas são 2 ou 3 músicas apenas.

Amo muito vocês.


Um super beijo cheio de carinho,
Papai

Thursday, November 20, 2008

Jin Mao Tower, Shanghai, China

No último texto comentei sobre os prédios altíssimos em Shanghai. Pois bem, subí na Jim Mao Tower, 340 m de altura, 88 andares, o maior prédio daquele país. Fui até o bar no último pavimento do Hotel Grand Hyatt que ocupa todos os pavimentos do 54o ao #87o . Excelente comida, cerveja gelada (coisa rara por lá) e uma vista deslumbrante, de todas as mesas.



Vistas do Rio Huangpu


Rio Huangpu, Pudong District e Oriental Pearl Tower (263m)





Diferentes imagens da Ponte Yangpu, sobre o Rio Huangpu



Tuesday, November 18, 2008

A China versão capitalista: Shanghai

Crianças, no início deste mês, novembro de 2008, estive na China, o país que vocês ouviram falar em função das Olimpíadas realizadas este ano.
Estive em Shanghai, a segunda principal cidade da China. Beijing (Pequim), a capital, é a mais importante. Shanghai é uma espécie de nova capital cultural e financeira do país, crescendo em uma velocidade absurda, fruto de um planejamento disciplinado e milhões de RMB (Yuans) em investimento.

เปารล

Prédios em Pudong, bairro de Shanghai - dia e noite


A arquitetura é impressionante, muito diferente do restante do país. Prédios altíssimos e modernos, museus e centros de convenção enormes, metrô disponível para grande parte da cidade, diversas pontes, túneis submersos e parques limpíssimos. Claro, também há arquitetura tradicional chinesa, francesa e inglesa. Tudo misturado em uma região belíssima, cortada pelo Rio Huangpu.

Trânsito e Edifícios em Nanjing District

Pudong: Convention Center e Oriental Pearl Tower ã noite; cartão postal; edifícios residenciais

Tamanho é relavante para os chineses: JinMao Tower (340m); WTC (300 m); Oriental Pearl Tower (263m)


Renmin (People's) Park and Square

Nem parece uma cidade de um país comunista. Quando andamos pelas ruas vemos carros importados, enomes lojas e marcas de prestígio internacional. Há quem compare a cidade à Hong Kong, à Paris ou à Nova Iorque. Acho que há um certo exagero nas comparações. Os chineses estão construindo uma cidade muito particular, especialmente para competir com Hong Kong.


Fuzhou Lu Shopping; Coca-Cola nas ruas da periferia; Letreiros em Nanjing Road

Para os "pequenos comunistas" poderem se lambuzar; calçadão em Nanjing Road


A China possui 1,3 bilhão de habitantes. Apenas Shanghai, a cidade, 19 milhões, em 6.400 km2. É uma das maiores rendas per capita do país, aproximadamente US$ 7,5 mil contra a média de US$ 2,0 mil por habitante do país.

Para vocês terem uma idéia do crescimento do país e de Shanghai, alguns números interessantes:

> os EUA possuem apenas 19 cidades acima de 1 milhão de habitantes; a China possui 170 cidades com este perfil;

> 50% do cimento produzido no planeta é consumido aqui;

> 25% do aço, também; é um enorme canteiro de obras; constróem apenas obras gigantescas: prédios, museus, avenidas túneis, tudo prevendo um enorme crescimento



Canteiro de obras: guindastes por todos os lados


> o maior prédio da China está localizado em Shanghai: 88 andares, com 340 m de altitude: Jin Mao Tower;


> mais de 10% de todo o crescimento da economia do planeta em 2007 aconteceu aqui na China.


O clima é um capítulo à parte. Nesta época do ano, a temperatura média é em torno de 16 graus; à noite chega a 10 graus; muito frio para nós cariocas. Choveu em boa parte dos dias.



O triste mesmo é ver o céu cinzento permanentemente: poluição e inversão térmica. Apenas no domingo de manhã ví alguns raios de sol cortando as nuvens. O governo chinês fez uma pesquisa e detectou que 25% das crianças, especialmente aqueles até 6 anos respondem que a cor do céu é cinza. Lidar com o crecimento e a poluição decorrente é um desafio fortíssimo para as autoridades chinesas, especialmente em suas grandes cidades.




Fog permanente em Shanghai: "Prenda a respiração" !